Prefeito Convoca Autoridades Para Reunião Sobre Segurança Pública

audiseg01Devido à repentina onda de crimes ocorridos em Água Boa no último trimestre e buscando adotar medidas efetivas integradas, o Prefeito Mauro Rosa convocou as autoridades do executivo, legislativo, judiciário, promotoria, polícias e representantes de entidades da sociedade civil organizada para uma reunião sobre a segurança pública municipal.

audiseg06O objetivo foi o de estabelecer um diálogo frente-a-frente entre a sociedade e os poderes públicos, trazendo à tona os anseios do cidadão comum, esclarecendo a postura e o procedimento legal de cada órgão diante dos casos criminais e revendo medidas solutivas que venham a reduzir os preocupantes índices do momento.

Ao longo dos meses de abril, maio e junho a cidade tida como pacífica percebeu uma ameaça constante à sua segurança, com vários furtos de motos, residências e assaltos a estabelecimentos comerciais em horário de expediente e à luz do dia, como o roubo a Relojoaria, ao Posto de Combustíveis e a Agência dos Correios, entre outros.

audiseg02Na reunião, ocorrida na sexta-feira pela manhã, 10 de junho, na sala de múltiplo uso da prefeitura, os representantes de entidades abriram a discussão expressando sua indignação com as amarras da lei diante dos criminosos capturados e pedindo explicações sobre alguns procedimentos de perseguição e investigação policial.

O Coronel Thadeu, Comandante Regional do 13º BPM, explicou que ao receber a denúncia pelo 190, as viaturas têm uma resposta máxima de 05 minutos, estabelecendo então um perímetro para provável interceptação dos bandidos, sendo incoerente comparecer no local do crime aonde os suspeitos não mais estão.

O Comandante ainda evidenciou que Água Boa não é uma ilha no mapa, estando inserida em um contexto regional, estadual e nacional de crise, desemprego e aumento da criminalidade em praticamente todas as localidades, observando também que apesar do crescimento desses índices policiais, ainda mantemos um ranking considerado pacífico.

audiseg04Para a Delegada Civil Dr.ª Luciana Canaverde, o progresso e a fama crescente da cidade tem seu ônus, pois onde se atrai grandes investidores também acaba migrando a marginalidade, que vê em uma comunidade próspera a oportunidade de grandes recompensas e, por ser pacífica, calcula que também sejam despreparados na defesa de seus bens.

O Juiz de Direito da 2ª Vara da Comarca de Água Boa, Dr. Ramom Fagundes Botelho, há sete meses no município, chamou atenção para a comum expressão “prende e solta” que as pessoas utilizam sobre a liberação de alguns suspeitos, esclarecendo que o juiz não pode escolher sobre a prisão e a soltura de alguém, mas apenas verificar a legalidade do processo, sendo que para a Lei, de nada adianta “saber” que um indivíduo é culpado, é preciso provar.

Estas e outras autoridades detalharam os rotineiros esforços de cada uma de suas equipes que, de acordo com seus relatos, tem ido muito além das obrigações regimentares, conforme as possibilidades de suas estruturas e efetivos, notando que para aperfeiçoar mais seus trabalhos precisam de um melhor aparelhamento do estado.

audiseg03A Dr.ª Canaverde apontou para um detalhe burocrático conflitante do estado, que costuma destinar mais recursos, reforços, equipamentos e materiais para localidades com índices alarmantes de criminalidade, desguarnecendo setores mais brandos, o que vem a ser uma medida paliativa e não preventiva.

O Prefeito Mauro afirmou que, mesmo diante da situação de racionalidade do executivo municipal, sem receber a maioria dos recursos federais e estaduais, encaminhou pedido a câmara de vereadores e pretende assinar uma ordem de serviço para instalação de câmeras de vigilância em pontos estratégicos da cidade.

Mauro também adiantou sobre as melhorias na iluminação pública, previamente pleiteadas pela gestão executiva para breve instalação, acatando também a indicação das autoridades policiais quanto a criação do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) e do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) no município.

audiseg05O consenso dos presentes estabeleceu também o treinamento de comerciantes, funcionários e servidores para ações “ante pânico” mediante a ação criminosa, visando uma resposta mais precisa da força policial, entre outras ações particulares de prevenção, bem como uma busca mais forte pela atenção do governo do estado.

Todos avaliaram a reunião de forma produtiva, principalmente pela conciliação dos poderes entre si e com a comunidade, otimistas de que se estabeleçam mais audiências desse tipo para que, consequentemente, encontrem soluções para os índices de criminalidade e para que o cidadão retome a sensação de segurança cotidiana.