O mês de maio no Brasil inteiro é marcado pela conscientização sobre prevenção do abuso sexual de crianças e adolescentes, por meio da campanha maio laranja. Por isso, neste mês é muito importante intensificar as discussões a respeito deste assunto, dando atenção especial à violação de direitos e levando informação à população.
A enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde e cordenadora do Serviço de Atenção Especalizada (SAE), Fabiane Campos, reforça que esta é uma data reflexiva e que o foco é alertar toda comunidade, conscientizando sobre o abuso sexual de crianças e adolescentes, pois infelizmente, a violência sexual pode ocorrer em várias idades, inclusive com bebês.
De acordo com a enfermeira, “muitas vezes por falta de informação esses abusos são velados fazendo com que somente na vida adulta estas crianças e adolescentes que sofreram, tomem consciência que era abuso. Fiquem atentos! Infelizmente a maioria dos abusos acontecem dentro da própria casa ou por pessoas bem próximas”, enfatizou.
A profissional da saúde também ressalta a importância de sermos muito claros e passar segurança quando conversamos com as crianças, esclarecendo todos os fatores e explicando claramente onde estão as partes íntimas que não podem ser tocadas e que caso isso ocorra ela não deve ter vergonha de falar para quem ela confia.
Uma dica dada por ela é o joguinho do “Semáfaro do Toque”, para que a criança aprenda brincando. Para isso, os pontos que podem ou não ser tocados, são identificados usando as cores verde (pode), amarelo (atenção) e vermelho (não pode tocar).
A equipe da Assistência Social (CRAS/CREAS) também vem intensificando as ações alusivas ao maio laranja. A última delas foi uma capacitação para diversos profissionais do município, entre eles os da área da saúde. Segundo a enfermeira Herika Ferreira, a formação foi,
“muito produtiva, riquíssima de conhecimento, porque às vezes não estamos preparados para receber essas crianças e adolescentes porque não sabemos o que devemos fazer, e lá tivemos a oportunidade de aprender, de ver de pertinho o procedimento correto, o passo a passo para receber essas vítimas de violência sexual. Nós, como adultos e profissionais precisamos estar devidamente preparados para acolher essas vítimas, dar o amparo necessário para que elas se sintam acolhidas e protegidas, e o conhecimento faz toda a diferença”, explicou Herika.
ATENÇÃO
Vale ressaltar que existe uma diferença entre abuso e exploração sexual, mas que as duas são formas de violência/violação sexual. O abuso sexual se configura quando uma criança é utilizada por um adulto ou até mesmo adolescentes para praticar algum ato de natureza sexual. Já a exploração sexual é quando as crianças são utilizadas como propósito de troca para obter lucro financeiro, tráfico, pornografia ou rede de prostituição.
Nenhuma criança merece ter seus direitos violados. É importante que qualquer pessoa que saiba dessa situação faça sua denúncia.
Ao desconfiar de que crianças ou adolescentes estão sofrendo qualquer tipo de violência sexual, não hesite: denuncie. Disque 100.
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